Este livro conta
a história do espião mais querido do cinema 007 – quem ainda não ouviu falar
sobre, em algum momento ouvirá.
007 é um agente
secreto do MI6. A categoria 00 é licença para matar ou como ele diz – para não
matar. A questão é saber a diferença de quando fazer.
Pois bem. Eu
sempre fui meeeeeeega fã dos filmes de 007, assistia desde pequena na TV os
antigos e vi em cada estreia as novas versões com o Daniel Craig e confesso que
sou uma apaixonaaada!
Eu adoro um bom
filme de espionagem, com cenas boas de ação, a trama por trás das missões
e nesse caso, o bom charme inglês.
E foi por causa
de toda essa paixão que confesso que fiquei bem decepcionada com o livro, na
verdade acho que com o James Bond.
Vamos por partes:
Este livro conta
a história de 007 contra Goldfinger, um comerciante de – e apaixonado por –
ouro que tem a idéia megalomaníaca de roubar a reserva de ouro dos E.UA.
Acho muito
interessante a evolução do vilão no livro: no começo ele parecia ser um banana
e com o tempo a gente percebe que ele é mais ardiloso do que parecia.
A trama é muito
bacana: as técnicas de detetive, as perseguições e as cenas de ação...da pra
ver tudinho na sua cabeça como um filme. E é claro, as reviravoltas.
A gente vê o 007
em ação –seu carteado, sua análise, como chega em certas conclusões, como
escapa – ou não de certas situações. Da pra ficar tenso em certos momentos achando
que será o fim dele, mas ainda bem que a gente sabe que tem mais livros pra frente
né? rsrs
Os pontos
negativos: Puxa vida, teve um capítulo (ou pouco mais) que descreveu nos
mínimos detalhes uma partida de golf. É uma partida importante para notarmos o
caráter do vilão e de Bond, e para um apaixonado por Golf deve ser fantástico,
mas para mim, mera mortal que nunca nem ligou para golf, é cansativo. Os termos
técnicos e a duração da narrativa, em-fa-do-nho. Mas ok, é perdoável.
Agora o que me
decepcionou e muuuito são características do personagem. Veja bem, pra um livro
escrito em 1959, pós Grande Guerra II e Guerra Fria, você entende o medo e
aversão que a sociedade tem pelo comunismo – aquela caça as bruxas – é a
cabeça da sociedade naquela época, mas... James Bond é notavelmente racista
(para com os Coreanos) e machista. É explícito e indelicado.
Embora mais do
que nunca eu esteja em uma fase de autoconhecimento e proximidade com o
feminismo, juro que não é papo de “feminista maluca” quando digo que o livro é
machista. Para qualquer mulher – e homens com esta visão – independente, ao ler
este livro você da uma bela broxada.
Ok ok, eu sei que esse é o personagem e está mais do que na cara que ele é assim. As tal ‘bond girl’ sempre foram vendidas como puramente ‘objeto de consumo’, mas...eu sei lá porque mas imaginei que pudesse ser um pouco...diferente? Talvez por conta dos filmes mais recentes que se esforçaram em deixar mais equilibrado, com uma personagem feminina poderosa - M, e as garotas que não cedem assim tão fácil a seu charme – Miss Moneypenny. Não rolou.
Ok ok, eu sei que esse é o personagem e está mais do que na cara que ele é assim. As tal ‘bond girl’ sempre foram vendidas como puramente ‘objeto de consumo’, mas...eu sei lá porque mas imaginei que pudesse ser um pouco...diferente? Talvez por conta dos filmes mais recentes que se esforçaram em deixar mais equilibrado, com uma personagem feminina poderosa - M, e as garotas que não cedem assim tão fácil a seu charme – Miss Moneypenny. Não rolou.
Recomendo a
leitura porque é uma boa trama, mas em aspectos sociais...0 pro Senhor Bond, ou
melhor dizer, pro Sr. Fleming.
Vou tentar ler
mais um livro dele – quero muito o Cassino Royale – esgotado :( - porque é até agora meu filme favorito, só espero que não
seja tão incômodo.
Nota: 3 de 5
Postado por:
Livia
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