quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O Pintassilgo | Donna Tartt - Ele









Foto: por @tipocoelhos
O pintassilgo

Autor: Donna Tartt

Editora: Companhia das letras
Edição: 2014/721p.


O primeiro livro do ano ja foi um calhamaço de 700 e tralala folhas.
Mas o que ja adianto é que, apesar de grande, ele tem uma escrita tranquila, então pra quem arriscar le-lo, não é uma leitura arrastada de maneira alguma.

Além disso, o fato de ja na capa aparecer a informação que ele ganhou o Pulitzer me deixou com um pé atras, fiquei com medo de ser aquela leitura densa, ou mesmo cheia de pretensão e aquela pontinha de pedância, mas não, pelo menos não no começo...

O livro fala sobre Theo Decker, que com 13 anos, estava em um museu com sua mãe que sofre um atentado terrorista e, infelizmente, sua mãe morre.

O que acompanharemos é todo o caos que se segue na vida de Theo após a morte de sua mãe, e de brinde, seu vínculo com uma obra de arte chamada O Pintassilgo.

Uma das vantagens que vejo nesses calhamaços é que a autora tem muito mais tempo para criar personagens profundos e verossímeis. Entendemos melhor certas situações e atitudes de Theo adulto, por sabermos de sua infancia, dito isso, não gosto do Theo adulto, mas adoro ele adolescente, portanto entendo e ainda assim torço por ele mesmo quando ele é um adulto meio babaca.

A trama e o certo suspense que é criado com a relação de Theo e a obra de arte é muito boa, há sempre uma tensão em volta dessa relação obsessiva que ele tem com o quadro, e em paralelo vemos um adolescente crescendo, com os maiores problemas do mundo, sem a mãe, com um pai que até então era ausente, em outra cidade... muito acontece.

E me peguei lendo esse livro um pouco diferente do que leio outros livros, eu não estava super ansioso pra saber o que ia acontecer, eu apenas curtia cada pagina, cada situação.

Exceto no final, no final eu tava meio "Ai meu Deus, que que vai acontecer?"

Fica dificil escrever sem spoilers, mas não quero falar detalhes da relação com o quadro, e também não quero dar detalhes de pra onde ele vai depois da morte de sua mãe, o que posso dizer é que ele conhece Boris, e o que posso dizer também, é que você adoraria conhecer o Boris, então leia o livro.

Porém, como disse no inicio do texto, no finzinho senti aquela pontinha de pedância, o desfecho da trama achei bem bacana, já o fim do livro não, vai ver não tenho tanto conhecimento de arte, ou não tenho a mente tão filosófica assim.

Pareceu aquele papo chato daquele cara no museu que quer ver sentido em tudo, e que o sentido que você vê na arte esta errado, pq ele estudou naquela faculdade renomadíssima, e ele sabe do que tá falando. 

Mas eu não sei nada sobre arte e fiquei com preguicinha dele no final, mas só no finzinho.

Ainda assim achei o saldo extremamente positivo.

Conheci o Theo, conheci o Boris, e como ja disse, vocês tem que conhecer o Boris!

Postado por: André 

Nenhum comentário:

Postar um comentário